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domingo, 9 de outubro de 2011
Mediunidade: o que é
Embora esta faculdade seja comum a todos as criaturas, em alguns ela se encontra mais exacerbada, possibilitando a produção de fenômenos ostensivos como a psicofonia, a psicografia e os efeitos físicos.
Como é uma faculdade orgânica, não depende da qualidade moral de quem a possui, por isso há uma grande diversidade do uso que dela se faz - tanto para o bem, como para fins ilícitos, inclusive os comerciais, embora saibamos que para que ela seja exercida beneficamente, devamos buscar, constantemente, nosso melhoramento interior.
A mediunidade - faculdade natural, que promove o intercãmbio entre os planos material e espiritual, sempre esteve presente no decorrer da história da humanidade, desde as tribos primitivas até os dias atuais.
Nessas tribos, aquele que detinha o dom mediúnico era denominado pajé, feiticeiro e era responsável pela saúde espiritual dos membros de sua comunidade, assim como eram reconhecidos como aqueles capazes de fazer premonições.
Na Antiguidade eram tidos como profetas e a Bíblia está repleta de "casos" de efeitos mediúnicos que estes levaram a cabo.
Na Idade Média, muitos foram cosiderados bruxos, pois os inquisidores assim os atestavam e os enviavam à fogueira para morrerem queimados, tais como se deu com Joana D'Arc e anteriormente, com outros médiuns ostensivos.
Atualmente, a mediunidade, "elevada à categoria de missão", conforme expõe Suely Caldas, em sua obra Mediunidade: caminho para ser feliz, é reconhecida e respeitada, embora ainda existam os que a negam, apesar de todas as comprovações, inclusive no âmbito científico, como nos mostra a revista Super Interessante edição 296, em circulação esta semana, expondo, na capa, o título: Ciência Espírita.
Contudo, seguindo a linha de raciocíno do parágrafo anterior, a mediunidade não é privilégio da Doutrina Espírita, tampouco dos Espíritas, uma vez que, sendo inerente a todo ser humano, se manifesta em adeptos de toda e qualquer religião. O que é fato é que ela deve ser vista sempre, como um instrumento de espiritualização do homem ao longo de suas encarnações.
Mediunidade
Não é a mediunidade que te distingue.
É aquilo que fazes dela.
A ação do Instrumento varia conforme a atitude do servidor.
A produção revela o operário.
A pena mostra a alma de quem escreve.
O patrimônio caminha no rumo que o mordomo dirige.
O lavrador tem a enxada, entretanto...
Se preguiçoso, cede asilo à ferrugem.
Se delinqüente, empresta-lhe o corte à sugestão do crime.
Se prestativo e diligente, ergue, ditoso, o berço de flor e pão.
O legislador guarda o poder; contudo, através dele...
Se irresponsável, estimula a desordem.
Se desonesto, incentiva a pilhagem.
Se consciente e abnegado, é fundamento vivo à cultura e ao progresso.
O artista dispõe de mais amplos recursos da Inteligência; todavia, com eles...
Se desequilibrado, favorece a loucura.
Se corrompido, estende a viciação.
Se enobrecido e generoso, surgirá sempre como esteio à, virtude.
Urge reconhecer, no entanto, que acerca das qualidades e possibilidades do lavrador, do legislador e do artista, na concessão do mandato que lhes é confiado, apenas à Lei Divina realmente cabe julgar.
Todos nós, porém, de imediato, conseguimos classificar-lhes a influência pelos males ou bens que espalhem.
Assim também na mediunidade.
Seja qual for o talento que te enriquece, busca primeiro o bem, na convicção de que o bem, a favor do próximo, é o bem irrepreensível que podemos fazer.
Desse modo, ainda mesmo te sintas imperfeito e desajustado, infeliz ou doente, utiliza a força medianímica de que a vida te envolve, ajudando e educando, amparando e servindo, no auxilio aos semelhantes, porque o bem que fizeres retornará dos outros ao teu próprio caminho, como bênção de Deus a brilhar sobre ti.
Texto ditado por Emmanuel em reunião pública de 12/2/1960, a respeito do Livro dos Médiuns - Questão nº 226 - Parágrafo 1º
Estudo da Mediunidade
O estudo da mediunidade, conforme Kardec, tem como objetivo provar a existência do mundo espiritual, por meio da manifestação e depoimento daqueles que não mais se encontram no plano material. Isto se dá através de descrições minunciosas, narrativas inequívocas sobre as suas vidas no plano espiritual, assim como quando ainda aqui encarnados.
O relato feito por Espíritos desencarnados também nos são de extrema importância porque, ao nos descreverem o estado em que se encontram - muitas vezes em situações de sofrimento, nos orientam no sentido de melhorarmos o nosso comportamento, as nossas atitudes, a fim de alcançarmos uma vida futura no plano espiritual sem tantas agruras.
Graças ao estudo da mediunidade, compreendemos como agem os espiritos em relação a nós, encarnados, mas principalmente aprendemos mais e melhor acerca dos princípios da Doutrina Espírita, conceitos sobe espírito, matéria e fluidos, a importância da prece em nossa vida.
Além disso, por meio do Estudo e Prática da Mediunidade, entendemos a eclosão da mediunidade, manifestações mediúnicas, obsessão e desobsessão e, principalmente sobre a influência moral do médium nas comunicações mediúnicas e, finalmente as questões referentes à desencarnação e as regiões do plano espiritual.
Enfim, vale participar de um grupo de estudo mediúnico que tome como base as apostilas elaboradas pela FEB, assim como tomar como referência as obras básicas da Doutrina, para que nos tornemos divulgadores conscientes desta ciência, filosofia e religião que nos ajuda a compreender a necessidade da reforma íntima, do conhecimento de nós mesmos, para vivermos melhor com e para o próximo.