Mediunidade é uma faculdade natural de todo Espírito encarnado. Podemos dizer que é um canal psíquico inerente a todos e que promove intercâmbio entre o Espírito encarnado e o mundo invisível. É, então, por meio da mediunidade que os encarnados recebem a comunicação dos desencarnados, funcionando como uma ponte entre os dois planos.
Embora esta faculdade seja comum a todos as criaturas, em alguns ela se encontra mais exacerbada, possibilitando a produção de fenômenos ostensivos como a psicofonia, a psicografia e os efeitos físicos.
Como é uma faculdade orgânica, não depende da qualidade moral de quem a possui, por isso há uma grande diversidade do uso que dela se faz - tanto para o bem, como para fins ilícitos, inclusive os comerciais, embora saibamos que para que ela seja exercida beneficamente, devamos buscar, constantemente, nosso melhoramento interior.
A mediunidade - faculdade natural, que promove o intercãmbio entre os planos material e espiritual, sempre esteve presente no decorrer da história da humanidade, desde as tribos primitivas até os dias atuais.
Nessas tribos, aquele que detinha o dom mediúnico era denominado pajé, feiticeiro e era responsável pela saúde espiritual dos membros de sua comunidade, assim como eram reconhecidos como aqueles capazes de fazer premonições.
Na Antiguidade eram tidos como profetas e a Bíblia está repleta de "casos" de efeitos mediúnicos que estes levaram a cabo.
Na Idade Média, muitos foram cosiderados bruxos, pois os inquisidores assim os atestavam e os enviavam à fogueira para morrerem queimados, tais como se deu com Joana D'Arc e anteriormente, com outros médiuns ostensivos.
Atualmente, a mediunidade, "elevada à categoria de missão", conforme expõe Suely Caldas, em sua obra Mediunidade: caminho para ser feliz, é reconhecida e respeitada, embora ainda existam os que a negam, apesar de todas as comprovações, inclusive no âmbito científico, como nos mostra a revista Super Interessante edição 296, em circulação esta semana, expondo, na capa, o título: Ciência Espírita.
Contudo, seguindo a linha de raciocíno do parágrafo anterior, a mediunidade não é privilégio da Doutrina Espírita, tampouco dos Espíritas, uma vez que, sendo inerente a todo ser humano, se manifesta em adeptos de toda e qualquer religião. O que é fato é que ela deve ser vista sempre, como um instrumento de espiritualização do homem ao longo de suas encarnações.
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