sábado, 12 de novembro de 2011

sono e sonho

O sono é necessário ao corpo para que possamos nos recuperar das atividades diárias, entretanto se o corpo necessita de descanso, o Espírito precisa de repouso, pois jamais está inativo. Durante o sono da matéria, enquanto o corpo está em repouso recuperando as forças para o reinício das atividades, os laços que predem o corpo ao espírito afrouxam-se e este se lança ao espaço para entrar em relação mais direta com o plano espiritual e com aqueles que dele participam, quer encarnados ou desencarnados.
Durante esse momento em que nos encontramos em liberdade e desligados temporariamente da matéria, aproveitamos para encontrar pessoas que nos são caras e com as quais não mantemos contato quando em vigília.
Contudo, às vezes também nos encontramos com aqueles com os quais convivemos diariamente para discutir questões relevantes, planejar ações, colaborar com os que estão vivendo conflitos de toda ordem, assim como também encontramos com os que ainda se consideram nossos inimigos, nos desejam o mal, ou nos obssidiam.
Depende de nós estarmos bem ou mal acompanhados durante o sono da matéria, todavia ao despertar geralmente não lembramos os pormenores das experiências vividas durante o sono, mas guardamos a essência das aulas, conselhos recebidas o que nos revigora a alma para as lutas do dia-a-dia.
É imprescindível orar antes de dormir para que possamos nos manter vigilantes e protegidos quando realizamos essas viagens astrais, assim como conseguirmos companhias salutares e participar de eventos beneficentes que nos proporcionarão um crescer diário.

domingo, 9 de outubro de 2011

Mediunidade: o que é

Mediunidade é uma faculdade natural de todo Espírito encarnado. Podemos dizer que é um canal psíquico inerente a todos e que promove intercâmbio entre o Espírito encarnado e o mundo invisível. É, então, por meio da mediunidade que os encarnados recebem a comunicação dos desencarnados, funcionando como uma ponte entre os dois planos.

Embora esta faculdade seja comum a todos as criaturas, em alguns ela se encontra mais exacerbada, possibilitando a produção de fenômenos ostensivos como a psicofonia, a psicografia e os efeitos físicos.

Como é uma faculdade orgânica, não depende da qualidade moral de quem a possui, por isso há uma grande diversidade do uso que dela se faz - tanto para o bem, como para fins ilícitos, inclusive os comerciais, embora saibamos que para que ela seja exercida beneficamente, devamos buscar, constantemente, nosso melhoramento interior.
A mediunidade - faculdade natural, que promove o intercãmbio entre os planos material e espiritual, sempre esteve presente no decorrer da história da humanidade, desde as tribos primitivas até os dias atuais.
Nessas tribos, aquele que detinha o dom mediúnico era denominado pajé, feiticeiro e era responsável pela saúde espiritual dos membros de sua comunidade, assim como eram reconhecidos como aqueles capazes de fazer premonições.
Na Antiguidade eram tidos como profetas e a Bíblia está repleta de "casos" de efeitos mediúnicos que estes levaram a cabo.
Na Idade Média, muitos foram cosiderados bruxos, pois os inquisidores assim os atestavam e os enviavam à fogueira para morrerem queimados, tais como se deu com Joana D'Arc e anteriormente, com outros médiuns ostensivos.
Atualmente, a mediunidade, "elevada à categoria de missão", conforme expõe Suely Caldas, em sua obra Mediunidade: caminho para ser feliz, é reconhecida e respeitada, embora ainda existam os que a negam, apesar de todas as comprovações, inclusive no âmbito científico, como nos mostra a revista Super Interessante edição 296, em circulação esta semana, expondo, na capa, o título: Ciência Espírita.
Contudo, seguindo a linha de raciocíno do parágrafo anterior, a mediunidade não é privilégio da Doutrina Espírita, tampouco dos Espíritas, uma vez que, sendo inerente a todo ser humano, se manifesta em adeptos de toda e qualquer religião. O que é fato é que ela deve ser vista sempre, como um instrumento de espiritualização do homem ao longo de suas encarnações.


Mediunidade


Não é a mediunidade que te distingue.

É aquilo que fazes dela.

A ação do Instrumento varia conforme a atitude do servidor.

A produção revela o operário.

A pena mostra a alma de quem escreve.

O patrimônio caminha no rumo que o mordomo dirige.

O lavrador tem a enxada, entretanto...

Se preguiçoso, cede asilo à ferrugem.

Se delinqüente, empresta-lhe o corte à sugestão do crime.

Se prestativo e diligente, ergue, ditoso, o berço de flor e pão.


O legislador guarda o poder; contudo, através dele...

Se irresponsável, estimula a desordem.

Se desonesto, incentiva a pilhagem.

Se consciente e abnegado, é fundamento vivo à cultura e ao progresso.


O artista dispõe de mais amplos recursos da Inteligência; todavia, com eles...

Se desequilibrado, favorece a loucura.

Se corrompido, estende a viciação.

Se enobrecido e generoso, surgirá sempre como esteio à, virtude.


Urge reconhecer, no entanto, que acerca das qualidades e possibilidades do lavrador, do legislador e do artista, na concessão do mandato que lhes é confiado, apenas à Lei Divina realmente cabe julgar.

Todos nós, porém, de imediato, conseguimos classificar-lhes a influência pelos males ou bens que espalhem.

Assim também na mediunidade.

Seja qual for o talento que te enriquece, busca primeiro o bem, na convicção de que o bem, a favor do próximo, é o bem irrepreensível que podemos fazer.

Desse modo, ainda mesmo te sintas imperfeito e desajustado, infeliz ou doente, utiliza a força medianímica de que a vida te envolve, ajudando e educando, amparando e servindo, no auxilio aos semelhantes, porque o bem que fizeres retornará dos outros ao teu próprio caminho, como bênção de Deus a brilhar sobre ti.

Texto ditado por Emmanuel em reunião pública de 12/2/1960, a respeito do Livro dos Médiuns - Questão nº 226 - Parágrafo 1º

Estudo da Mediunidade

De acordo com Kardec, "as dificuldades e os desenganos" com os quais nos deparamos na prática do Espiritismo se devem à nossa ignorância quanto aos seus princípios. Desse modo, faz-se necessário o estudo constante de tudo que a esta Doutrina se relacione, principalmente no que se refere à mediunidade.
O estudo da mediunidade, conforme Kardec, tem como objetivo provar a existência do mundo espiritual, por meio da manifestação e depoimento daqueles que não mais se encontram no plano material. Isto se dá através de descrições minunciosas, narrativas inequívocas sobre as suas vidas no plano espiritual, assim como quando ainda aqui encarnados.
O relato feito por Espíritos desencarnados também nos são de extrema importância porque, ao nos descreverem o estado em que se encontram - muitas vezes em situações de sofrimento, nos orientam no sentido de melhorarmos o nosso comportamento, as nossas atitudes, a fim de alcançarmos uma vida futura no plano espiritual sem tantas agruras.
Graças ao estudo da mediunidade, compreendemos como agem os espiritos em relação a nós, encarnados, mas principalmente aprendemos mais e melhor acerca dos princípios da Doutrina Espírita, conceitos sobe espírito, matéria e fluidos, a importância da prece em nossa vida.
Além disso, por meio do Estudo e Prática da Mediunidade, entendemos a eclosão da mediunidade, manifestações mediúnicas, obsessão e desobsessão e, principalmente sobre a influência moral do médium nas comunicações mediúnicas e, finalmente as questões referentes à desencarnação e as regiões do plano espiritual.
Enfim, vale participar de um grupo de estudo mediúnico que tome como base as apostilas elaboradas pela FEB, assim como tomar como referência as obras básicas da Doutrina, para que nos tornemos divulgadores conscientes desta ciência, filosofia e religião que nos ajuda a compreender a necessidade da reforma íntima, do conhecimento de nós mesmos, para vivermos melhor com e para o próximo.

sábado, 27 de agosto de 2011

Pedagogia Espírita: uma visão integral do homem


Allan Kardec, discípulo de Pestalozzi, trabalhou durante 30 anos em prol da educação antes de adentrar nos estudos relacionados ao Espiritismo. Sua obra didático-pedagógica é vasta e foi adotada pela Universidade de França. Todavia, a 1ª instituição espírita do mundo foi a Sociedade de Estudos Psíquicos de Paris, onde se pesquisava sobre os aspectos científicos, filosóficos e morais do Espiritismo. Seus participantes estudavam e debatiam acerca das questões existenciais, fenômenos mediúnicos, fatos científicos gerais, tendo sempre como base de estudo o Espiritismo.

No Brasil, a primeira escola espírita teve início em Sacramento-MG, em 1909, com a criação do Colégio Allan Kardec, sob a direção de Eurípedes Barsanulfo e, a partir de então, as escolas espíritas têm aumentado em quantidade e aprimoramento pedagógico. Em 1984, no Congresso de Mar Del Plata, cuja temática era Educação, a educação espírita foi reconhecida de forma institucionalizada e a Revista Educação Espírita atualmente tem circulação internacional.

As escolas espíritas foram se desenvolvendo e já são uma realidade no contexto nacional, portanto faz-se necessário conhecermos essa Pedagogia orientada para a educação não apenas intelectual, mas também moral, cujo objetivo é formar mentes, formar atitudes transformadoras, integrar o ser na sociedade na qual está inserido, de forma adequada e ética.

A Doutrina Espírita, ao contrário de outras correntes religiosas, não prega ideias salvacionistas, pois como nos diz Kardec (L.E. q. 796), somente pela educação podemos reformar o homem e o mundo. A educação é a grande desenvolvedora do ser, do educando visto como indivíduo com uma consciência única, necessitando conseguintemente ser assim visto pelo educador.

De acordo com Hupert (apud PIRES, 1985) “educar é um ato de amor”, a partir do momento em que um ser formado busca, através de sua prática profissional e de vida, formar novos seres que estão sob sua orientação, o que vai ao encontro do pensamento de Incontri (1997), quando diz que “educação é a influência que um espírito exerce sobre outro(s) no sentido de despertar um processo de auto educação”.

Não podemos esquecer que o pensamento básico da Pedagogia Espírita é o de a criança ser um espírito reencarnado, trazendo consigo experiências anteriores as quais devem ser respeitadas, trabalhadas e reformadas para que este ser em formação evolua moral e intelectualmente, levando em consideração o fato de que ao reencarnar, o ser, neste caso o educando, não traz apenas experiências negativas, mas uma bagagem positiva de todas as conquistas alcançadas.

Há, ainda, a considerar que a palavra chave da Pedagogia Espírita é amor, sem tornar a educação idealizada ou mística, porém no sentido de que o educador que ama seu trabalho e aqueles que estão sob sua orientação saberá encontrar o caminho para alcançar seus orientandos, saberá cristalizar no outro a vontade de crescer, conduzindo, o educador, o potencial do educando para a realização da educação, pois educar, do latim “educere”, significa “tirar, extrair de dentro e conduzir”.

Conduzir, no caso específico abordado, para o desenvolvimento moral/intelectual do ser em formação, lembrando que a “educação não é um ato de imposição, de violação de consciência, mas um ato de doação” (PIRES, 1985, p. 13), em que o educador ajuda o educando a integrar-se socioculturalmente, a responder aos diferentes desafios de seu mundo através do jogo constante de suas respostas alterando-se, reorganizando-se, escolhendo, negando, criticando, enfim, conscientizando-se a partir do instante em que se percebe capaz de fazer(se) e refazer(se).

Para a Pedagogia Espírita, o educando é um ser pluriexistencial e o educador é o “elo de continuidade da educação” (LOBO, 1995, p.58) e, sem essa compreensão e aceitação da criança como ela é, “a educação dela estará comprometida” (LOBO, 1995, p. 65). Educação Espírita, de acordo com Herculano Pires “é o processo de orientação das novas gerações de acordo com a visão nova que o Espiritismo nos oferece da realidade”, tomando realidade como sinônimo de mundo e de homem.

Entretanto, sendo a liberdade de consciência um dos princípios básicos da Doutrina Espírita, a Pedagogia Espírita não se propõe abarcar as pedagogias existentes, pelo contrário, as escolas espíritas que hoje atuam da Educação Infantil ao ensino universitário procuram realizar um trabalho voltado não apenas para os problemas imediatistas, e sim desenvolver elementos racionais que ajudem na formação moral/espiritual do educando, tendo como finalidade o crescimento do ser integral, objetivando o melhoramento do mundo por meio do seu comportamento reformado.

Finalmente, conforme Lobo (op.cit.), os fins da educação espírita nos levam, sob o aspecto individual, a lutar pela espiritualidade; no plano social, a trabalhar pelo progresso coletivo; no nível político, a formar uma elite intelectual/moral e, na ordem do absoluto, primar pela essência: DEUS.

Obsessão: conceitos básicos

Falar sobre obsessão não é algo fácil devido à complexidade de abordagens que se deve fazer para compreendê-la de forma adequada. Entretanto, sejam quais forem os caminhos que tomemos, devemos sempre ter como base os postulados de Allan Kardec, assim como as obras básicas da Doutrina.

De acordo com Kardec (2008, q. 237) , obsessão significa o “império que alguns Espíritos sabem tomar sobre certas pessoas”, isto é, o domínio de uns sobre os outros e isso se dá apenas porque há Espíritos inferiores que gostam ou querem subjugar por razões diversas.

Embora muitos acreditem que esse domínio se dê apenas de desencarnados para encarnados, sabemos que a obsessão pode ser também de encarnado para encarnado ou de encarnado para desencarnado, pois o que a caracteriza é o constrangimento de um indivíduo sobre outro.

Esse constrangimento moral ou espiritual promove muitos transtornos de ordem emocional, psíquica, uma vez que é uma influência negativa, gerando enfermidades naquele que a sofre.

Diferentemente dos Espíritos atrasados, os Superiores, os Bons não impõe nenhum constrangimento, pelo contrário, ajudam, aconselham e combatem as más influências com o intuito de afastar do obssidiado aqueles que o mantém sob jugo.

A obsessão tem diferentes graus, portanto é de suma importância compreendê-los para saber como afastar de nós os malefícios causados por ela e, então, retornar ao estado harmonioso e saudável.

Em seguida faremos uma abordagem sobre os tipos de obsessão, as causas, como reconhecê-la e como tratá-la, de acordo com a Doutrina Espírita.

Bibliografia

KARDEC, Allan. Livro dos Médiuns: Cap. XXIII, q. 237-238. Brasília: FEB, 2008.

Paz e Bem a todos e, não esqueçam, aceitamos comentários dignificantes e que possam contribuir para maiores esclarecimentos, sempre, conforme o Espiritismo.

domingo, 10 de julho de 2011

Participe do ESDE

Para crer, é preciso compreender e para compreender, é necessário o estudo, que nos leva ao conhecimento o qual, por sua vez, nos levará ao progresso espiritual.
O ESDE, Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, é um programa concebido para promover o estudo das obras básicas da Codificação Espírita e, assim, garantir a pureza doutrinária, pois apresenta um referencial teórico com métodos e técnicas que nos levam, passo-a-passo, ao aprendizado do que postula a Doutrina Espírita.
O conhecimento adquirido de si mesmo e do mundo material e espiritual promoverá no homem a transformação moral que lhe permitirá viver melhor no seu dia-a-dia. Estando o homem melhor, a sociedade também assim o estará, uma vez que somos todos responsáveis pelo planeta no qual fomos designados a viver e desenvolver.
Então, sigamos os conselhos de Bezerra de Menezes, quando diz: "trabalhemos servindo e sirvamos estudando e aprendendo", pois o processo educacional de aperfeiçoamento do espírito é difícil, demorado, porém alcançável, quando há boa vontade.
O ESDE é um excelente caminho a se trilhar em busca desse conhecimento que nos proporcionará o melhoramento espiritual nosso e de todos com os quais convivemos material e espiritualmente.

História do Espiritismo





No século 19, um fenômeno agitou a Europa: as mesas girantes. Nos salões elegantes, após os saraus, as mesas eram alvo de curiosidade e de extensas reportagens, pois moviam-se, erguiam-se no ar e respondiam a questões mediante batidas no chão (tiptologia). O fenômeno chamou a atenção de um pesquisador sério, discípulo do célebre Johann Pestalozzi: Hippolyte Leon Denizard Rivail.

Rivail, pedagogo francês, fluente em diversos idiomas, autor de livros didáticos e adepto de rigoroso método de investigação científica não aceitou de imediato os fenômenos das mesas girantes, mas estudou-os atentamente, observou que uma força inteligente as movia e investigou a natureza dessa força, que se identificou como os “Espíritos dos homens” que haviam morrido. Rivail fez centenas de perguntas aos Espíritos, analisou as respostas, comparou-as e codificou-as, tudo submetendo ao crivo da razão, não aceitando e não divulgando nada que não passasse por esse crivo. Assim nasceu O Livro dos Espíritos. O professor Rivail imortalizou-se adotando o pseudônimo de Allan Kardec.

A Doutrina codificada por ele tem caráter científico, religioso e filosófico. Essa proposta de aliança da Ciência com a Religião está expressa em uma das máximas de Kardec, no livro “A Gênese”: "O espiritismo, marchando com o progresso, jamais será ultrapassado porque, se novas descobertas demonstrassem estar em erro sobre um certo ponto, ele se modificaria sobre esse ponto; se uma nova verdade se revelar, ele a aceitará".


Fonte: http://www.febnet.org.br/site/oquee.php?SecPad=215